sábado, abril 16, 2005

Mundo

Diário do Capitão - Data Estelar - 20051604

Aqui estou novamente, pensativo e de certa forma, melancôlico.
Desta vez vou escrever sobre algo que estou a analizar há um bom tempo. Quantos mundos existem nesse mundo em que vivemos?
Não estou falando de Matrix ou 13° andar (diga-se de passagem, ótimos filmes), isso não tem nada a ver com eles. Não estou falando de uma ficção existêncial ou mesmo, tendo uma crise existêncial (o que é comum a muito estudante de filosofia). Estou falando de realidades que compõe esse mundo em que vivemos. Estou falando de várias variáveis (que é o nome de música de uma banda de rock dos anos 80. Sinto uma nostalgia tremenda ao lembrar dessa década, um saudosismo pulsante, percorre cada veia e artéria de meu corpo no momento em que penso como era feliz e não sabia. Aquele era um mundo em que seria interessante reviver, e se fosse com a cabeça que tenho hoje, muita coisa seria diferente, mas como disse, isso não é uma crise existêncial, então sigamos em frente), que fazem esse mundo ser de maneiras diversas para todo tipo de gente.
Numa aula da semana passada, começamos a falar sobre Leibniz (filósofo moderno, matemático também) que escreveu sobre muita coisa, mas o interessante agora, é que ele, num desse escritos, disse que esse mundo era o melhor entre os mundos possíveis. Para Leibniz, Deus criou esse mundo com tudo de bom, muitos perguntaram por que existem coisas más e ele disse que essa maldade é a menor possível. Interessante esse ponto de vista, mas contraditório. Sendo Deus perfeito, que criou um mundo perfeito, por que cria um ser imperfeito (nós) capaz de fazer maldades? Que Deus sacana é esse(Isso não é um desabafo ou reclamação de um ateu obsecado em falar mal de Alguém que (para ele) não existe, aliás, acredito em Deus, sou cristão, fransciscano e minha crença é muito bem resolvida, não tenho problemas quanto a isso)?
Existem muitos mundos. Aquele no qual eu vivo e no qual você (que está lendo) vive. Um camarada que tem pai, mãe, irmãs, irmãos, que tem uma vida cheia de altos e baixos, mas que tem uma familia e amigos, vive num mundo diferente daquele camarada que se ferra deste pequeno, que aprende a não acreditar em todos que passam por sua vida, esse aprende que a lei do mundo, da selva, é a lei do mais forte e mais esperto, cada um por si e Deus por todos (as vezes nem Deus). Aquele que vive com a familia, aprende essa lei também, mas sabe que existe no mundo, pessoas em que pode confiar. O mais interessante, é que esses dois mundos, existem de verdade, há muita gente safada por ai, mas há gente integra também e todos tem o direito de acreditar que seu mundo é o verdadeiro. Aquele que vive entre as cobras, acha que o que vive entre pessoas "confiáveis", é um inocente bobo e fraco e o outro, acha que esse é um pessimista que só sabe reclamar. É pertinente ressaltar mais uma coisa. O mundo interfere sim na conduta do indivíduo, mas isso não ocorre em 100% dos casos, já conheci "neguim" que se ferra e é muito gente boa e otimista, enquanto aquele que recebe carinho e atênção, é um grande filho da P...

Mundos e mundos, qual você vive? Existem muitos outros, mas o importante é todos viverem da melhor maneira possível em seu mundo.
Carpe diem para todos e memento mori também.

2 comentários:

Alexandre Lima disse...

"Ainda é cedo amor, mal começastes a conhecer a vida, já anuncias a hora da partida, sem saber mesmo o rumo que irás tomar.
Preste atenção querida, embora eu saiba que estais decidida, a cada esquina cai um pouco a sua vida, em pouco tempo não serás mais quem tu és."

(Não sei de quem, mas Ney Matogrosso gravou: O mundo é um Moinho)

A vida é isso não é meu amigo? Nem sei porque veio essa música na minha cabeça, mas o mundo e Os Mundos são essa CONSTANTE MUDANÇA.

Alexandre Lima disse...

Nem era para sair o comentário daquele jeito... parcial...

(continuando)

Adorei o testo e gosto de pensar nesses vários "mundos" entrecruzando-se.

Abração.

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