terça-feira, agosto 22, 2006

2 corações e uma história

Textinho (ou "texticulo", como diria um querido professor falecido) em parceria com uma linda italiana.
Aqui não esclarecemos quem escreveu o que (gosto muito da escrita dela, ja percebi o quanto ela escreve muito excelentemente bem).
É um texto sobre amores, sentimentos, indas e vindas, e uma declaração meio que explicita.
Me sinto honrado com essa parceria, e que vários outros textos possam nascer.


Sonhar de vez em quando e viajar sempre. Divagar toda hora e pensar só quando quero. Seria tão mais fácil se eu pudesse controlar tudo assim. Se pudesse só apontar o dedo e fazer tudo como quero. E tenho a prepotência de dizer que eu faria um mundo melhor. Muito melhor.

A Alemanha se desculparia pelo Holocausto com vontade - não, melhor ainda - eu daria a Hitler uma infecção intestinal assim que nascesse. Toda vez que ele comesse uma salsicha ficaria horas no trono. Os EUA desviariam fundos para a África e as pessoas saberiam identificar a Tunísia no mapa. A França exportaria só perfumes e não frescuras. (Muito menos jogadores de futebol). A Inglaterra não teria família real e as pessoa seriam obrigadas a pensar mais na própria vida do que no último escândalo do palácio. O Brasil não teria políticos, apenas cidadãos e pessoas que seguissem alguma ideologia simples e democrática.

E minha professora de sistemas políticos, após ler esse tipo de comentário, me ameaçaria de morte.

Deixar o coração bater sempre que quisesse e acelerar sempre que eu visse a única pessoa que consegue fazer isso com esse coração. E o mundo seria melhor. Mais simples, mais honesto, mais apaixonado. Os apaixonados não mentem, não enganam e não causam distúrbios. Se todos fôssemos apaixonados as coisas seriam mais interessantes.

Os apaixonados, não necessariamente pensam, eles mais sentem e vivem. Vivem muito, pois vivem intensamente e choram como criança, sorriem como criança, sofrem como criança e percebem que podem tudo, desde que seu ser amado ideal esteja do seu lado.

Beijos, beijos e mais beijos. Não é o que mais quero de alguém, e também não é somente o corpo. O que mais me interessa, é olhar. Olhar de alegria e de tesão, olhar de choro, seriedade e serenidade. Amo não por me dar prazer ou me beijar e me proporcionar as nuvens, mas sim por deixar que cada momento ao seu lado, signifique o prazer de olhar no fundo dos olhos, e entender que já fui importante para alguém.

Como amei e amo aquele olhar, olhar de tom esverdeado e que me fez feliz e ainda faz, que me faz querer para sempre olhar e não mais esquecer que um homem pode e deve ser feliz ao lado de sua amada, assim como uma mulher, com aquele que quer para seu eterno amado.

Sofrer por alguém que se ama só serve como explicação da veracidade desse amor. Deixamos em aberto uma história que só queremos saber o fim. Se pudéssemos imprimir a nossa história e começar lendo tudo do fim seriam noites menos terríveis.

Pensando e prometendo que vou confiar no destino. Que vou confiar nesse instinto que diz que tudo vai ser como meu coração diz que vai ser. Toda vez que fecho os olhos até parece que vejo anos à frente. E tudo é tão perfeito. Vc p/ mim. E eu p/ vc.

Tudo funciona no nosso tempo e a vida parece que só existe por que nós existimos. O futuro que existe na minha cabeça e pulsa nas minhas veias. O futuro que me faz ler Drummond e sonhar com filmes de Almodóvar. Que me coloca nas músicas suaves de Ray Charles e nas linhas de amores de Vinícius de Morais. Que me transporta para os amores incertos de Chico Buarque e me transforma numa série de películas que não faz mais sentido.

E não espero que faça sentido nenhum. Não espero que minha respiração seja no mesmo ritmo da sua. Não espero que seus olhos me procurem. Que seus toques me achem. Que sua boca alcance o ponto necessário.

Ela me fez (e faz) tão bem que eu também quero fazer isso por ela, mas agora não sei mais o que pensar, ja que meu coração me pertuba com pensamentos por outra. Mas o que sinto, eu sei que é verdadeiro e a amarei para sempre. Pode ser estranho, irresponsável, feio e até sacana, mas meu coração não tem mais a autosuficiência de antes. Peço desculpas para todos os românticos pela minha revolta interna e sentimento que pode trair nosso ideal de vida, mas isso é a vida e isso é o que move o mundo.

Não precisa fazer sentido o que sentimos, nossas ações é que devem ser precisas e motivadas por algo, mas nossos sentimentos são as vezes desvairados e não importa o que pensam ou digam, sempre será assim. Até um dia criarem uma máquina que nos faça domina-los e ai, não mais sentiremos o que é importante e/ou essencial para nossa vida.

O importante é que, ainda a vejo, ainda vejo seus olhos, ainda sinto sua boca e seu corpo, mas não sei se a terei por muito mais tempo. Meu coração não é mais o mesmo e os sentimentos que o rodeiam não possuem mais a certeza do que querem, só do que sentem. E ainda a amo, mas... pode estar acontecendo um gostar ingênuo.

O amor é estranho mas é o lance mais interessante que existe, ja que nos faz passar por cada acontecimento mais estranho e intenso que outro. Não somos donos de certos sentimentos. Sentimentos esses, que às vezes impõe interrogações e mais interrogações. Pois é... e a vida continua...e nos ensina.

E aprendi que não sei esperar. Se nós soubessemos esperar, todos os amores seriam perfeitos. Seriam delineados e sem emaranhados. Seriam doces sem fel. Seria como esse que eu sinto quando não tenho vc.


Esse gostar ingênuo ja se dissipou...

4 comentários:

Anônimo disse...

Olá querido!!!!
Linda sua introdução. =)
Mto obrigada e eu digo o mesmo de vc.
E tenho CERTEZA que mais virão. Tá bão demais né?!
hahahahaha

Bjos

Anônimo disse...

Atendendo ao seu pedido...
Parabéns pela parceria, pois o texto ficou lindo. Muito bem desenvolvido e escrito.
Que venham outros, então...
Bjos... =D

Alexandre Lima disse...

Gostei muito do vosso texto, parabéns a ambos.
Essa parceria deu um balanço bom para a revolta que você traz nos seus textos.

Abraços.

Alexandre Lima disse...

Vamos lá companheiro, já está na hora de atualizar...
Adorei essa história de escrever a dois, deve ser meio difícil.
Abraços.

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